Entre as novidades apresentadas está também o lançamento, em private preview, das primeiras extensões desenvolvidas pela Microsoft em conjunto com parceiros para o GitHub Copilot, uma ferramenta de programação baseada em IA. Estas atualizações têm como propósito permitir a developers e organizações personalizar a sua experiência de utilização do GitHub Copilot com outros serviços, como o Azure, Docker, Sentry, ou até mesmo dentro do GitHub Copilot Chat. No caso do GitHub Copilot for Azure, uma das extensões da Microsoft, é possível verificar-se como a construção em linguagem natural com uma gama mais ampla de funcionalidades pode impulsionar a velocidade de desenvolvimento. Ao utilizar a extensão através do Copilot Chat, os developers passam a poder explorar e gerir funcionalidades Azure, enquanto resolvem problemas e localizam registos e códigos relevantes.
Já ao nível do GPT-4o, o mais novo modelo principal da OpenAI, este passa a estar disponível no Azure AI Studio e como uma API, num modelo multimodal inovador que integra processamento de texto, imagem e áudio para estabelecer um novo padrão para experiências de IA generativa e conversacional. A par deste, também o Phi-3-vision, o novo modelo multimodal da família Phi-3 de pequenos modelos de linguagem (SLMs) desenvolvidos pela Microsoft, está agora disponível no Azure. Além de serem modelos poderosos, económicos e otimizados para equipamentos pessoais, os Phi-3 oferecem a possibilidade de se inserir imagens e texto e receber respostas em texto. Cada developer pode ainda experimentar estes modelos de fronteira de última geração no Azure AI Playground, bem como começar a construir e personalizar com estes mesmos modelos no Azure AI Studio.
Para a área da educação, a Microsoft anuncia uma parceria com a Khan Academy, organização sem fins lucrativos responsável por disponibilizar educação gratuita e de alta qualidade para todos, que se irá materializar no acesso gratuito a todos os educadores K-12 nos Estados Unidos da América ao Khanmigo for Teachers – um assistente de ensino impulsionado por IA que visa libertar o tempo dos professores para que estes se possam concentrar em interagir e apoiar os alunos – bem como no acesso à infraestrutura otimizada para IA do Azure para aumentar a disponibilidade do Khanmigo for Teachers, que agora será alimentado pelo serviço Azure OpenAI. A par disto, a Khan Academy está a colaborar com a Microsoft para identificar oportunidades que permitam tornar o ensino da matemática mais acessível, escalável e adaptável, através de uma nova versão do Phi-3. A organização pretende ainda partilhar novos conteúdos para o Copitot e para o Teams for Education, expandindo assim os recursos educativos destas ferramentas.
Outras das parcerias destacadas na conferência é a colaboração entre a Microsoft e a Cognition, que juntas irão disponibilizar a solução Devin, um agente autónomo de IA que possibilita a developers realizar tarefas complexas, tais como migração de código e projetos de modernização.
Relativamente a novidades no segmento de hardware, a Microsoft anuncia ser o primeiro fornecedor de cloud a utilizar o chip acelerador de IA MI300X da AMD para responder às necessidades de formação e inferência de IA dos clientes, com a disponibilidade geral da série de máquinas virtuais Azure ND MI300X v5 otimizada para workloads de IA e computação de alto desempenho (HPC) como o serviço Azure OpenAI. Já no seguimento do lançamento do Azure Cobalt 100, o primeiro processador de computação personalizado da empresa, a tecnológica está a anunciar no Build uma preview de novas máquinas virtuais (VMs) baseadas em ARM Cobalt 100, a primeira geração de VMs a incluir o novo processador Cobalt da Microsoft, construído à medida numa arquitetura ARM e otimizado para um desempenho 40% melhor aos VMs Azure comparáveis ao executar workloads de propósito geral e nativas da cloud.
Por fim, o Build é ainda palco de novos anúncios para o Copilot, neste caso a respeito do Microsoft Copilot Studio. A Microsoft está a introduzir novas funcionalidades de agente, que irão possibilitar aos developers construir copilotos que podem responder proativamente a dados e eventos, adaptados a tarefas e funções específicas, além de poderem também gerir de forma independente processos de negócios longos e complexos, aproveitar a memória e conhecimento para contexto, raciocinar sobre ações e entradas, aprender com base em feedbacks dos utilizadores e pedir ajuda quando encontram situações que não sabem como lidar.